09 DE DEZEMBRO – DIA DO FONOAUDIÓLOGO

09 de dezembro – Dia do Fonoaudiólogo

CSB parabeniza os profissionais e apoia as reivindicações da categoria, como a jornada de 30 horas e o piso salarial nacional

Os 40 mil profissionais de fonoaudiologia de todo o Brasil, profissão há 36 anos regulamentada, ainda lutam por maior reconhecimento e avanço nas lutas da categoria. Embates nacionais como a redução de carga horária para 30 horas, piso salarial e a criação de uma federação ainda são bandeiras dos trabalhadores; o Projeto de Lei 283/2015, que trata da jornada de trabalho da categoria, ainda tramita na Câmara dos Deputados.

Ao fazer um balanço dos ganhos da profissão, a presidente do Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado do Paraná (SINFOPAR), Maria Patrícia do Nascimento, acredita que o momento é de união e luta.

“Nós sempre temos que comemorar, pois ao longo dos anos como profissão a gente conseguiu se qualificar, se aperfeiçoar e mostrar para as pessoas a importância da fonoaudiologia. A cada momento a gente consegue mostrar o que antes era tido como uma profissão supérflua, que hoje não é mais assim. Quanto à valorização, como profissão, temos muito que comemorar, pois hoje somos valorizados, e isso foi às custas de muito estudo e aperfeiçoamento. Mas quanto categoria, em relação a mercado de trabalho, a gente ainda tem muito para lutar. É uma época onde devemos nos unir mais, e não somos uma profissão tão unida. E precisamos disso para ter uma força maior quanto às reivindicações trabalhistas”, falou a presidente.

Em vigor desde o último dia 11 de novembro, a Lei 13.467/2017, da reforma trabalhista, já está causando medo e prejuízo aos trabalhadores, que neste momento, precisam de uma entidade sindical ainda mais fortalecida.

“Com esta reforma, nós só temos a perder, mas pior do que é a reforma em si, é o modo como as empresas encaram isso. Nós já estamos tendo alguns prejuízos, pois muitas empresas estão achando que não precisam dar mais nenhuma satisfação aos sindicatos e que eles podem fazer o que quiserem. A questão de deixar esta livre negociação muito aberta, eles estão chegando nos trabalhadores e os coagindo de uma forma velada, mas estão. Temos muitos trabalhadores em clínicas de aparelhos auditivos que ganham comissão, e este é o ramo que estamos com maior problema, pois todos eles estão querendo diminuir a porcentagem da comissão. Quando a pessoa não aceita, ela sofre ameaça de que vai ser demitida, e se isso acontecer, não precisam mais passar pelo aval do sindicato, pois não precisa mais homologar no sindicato. Então isso está sendo uma perda muito grande porque a gente entende que neste início os trabalhadores ficarão amedrontados por falta de orientação. Teremos muitas perdas e precisaremos nos reinventar como sindicato”, completou Patrícia.

Referência nacional, os profissionais do estado do Paraná conseguiram avanços para a categoria por meio de acordos coletivos. “Temos piso, mas que foi fechado em convenção coletiva, então não é algo em nível estadual, só atende a setores privados e onde temos convenção. Com isso, conseguimos também a carga horária. Hoje nós temos no interior do estado 30 horas semanais, e em Curitiba e região, 36 horas semanais”, explicou.

Federação 

Sonho da categoria, a fundação da Federação dos Fonoaudiólogos também foi afetada pela reforma trabalhista.

“Quanto à Federação, ainda não conseguimos, mas com a reforma tudo ficou mais difícil, pois os sindicatos estão tentando se manter vivos, e aí fica mais complicado pensar em uma federação no momento”, finalizou a presidente do sindicato.

Fonte: CSB

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