COM COMPROMISSO DE LUTA EM FAVOR DOS TRABALHADORES, SECCIONAL MATO GROSSO ELEGE DIRETORIA

facebook CSB

 

 

 

 

 

Posse da nova direção aconteceu no último dia de Congresso, que reuniu mais de 190 dirigentes e mais de 30 entidades mato-grossenses

O último dia do Congresso Estadual da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) Mato Grosso, realizado em Cuiabá, foi marcado pela eleição e posse dos dirigentes sindicais que irão compor, pelos próximos cinco anos, a diretoria da Seccional. Pautados pela luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, principalmente contra as reformas da Previdência e trabalhista, a nova diretoria também trabalhará na ampliação e na união do seu quadro de sindicatos, visando se tornar a maior central sindical do Mato Grosso.

Eleita presidente da Seccional, Diany Dias, que também é vice-presidente da Central e presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), pregou a união dos sindicatos em prol de todos os trabalhadores. “Quem sabe faz a hora não espera acontecer, e a CBS é isso. Nossa hora é agora, vamos todos trabalhar e buscar a sustentabilidade dos nossos trabalhadores. Vamos trabalhar, CSB Mato Grosso”, declarou.

Vice-presidente da Central em Mato Grosso, Antonio Wagner de Oliveira declarou que a diretoria eleita vai buscar uma evolução.

“Este Congresso é um sonho realizado, queremos fazer as coisas bem claras, vamos promover debates, sempre de maneira democrática. A diretoria eleita sabe da importância dos seus cargos e das suas responsabilidades. Temos uma meta ambiciosa, nascemos como a segunda central no estado, e em dois anos o plano é de ser a primeira central em Mato Grosso”, falou emocionado.

Pauta dos congressos realizados pela CSB, a luta contra o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, que trata da reforma trabalhista e tramita no Senado Federal, fez parte do discurso de Alvaro Egea, secretário-geral da entidade.

“Precisamos vencer esta reforma, que deve ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Sabemos que a votação será política, por isso devemos manter nossa pressão nos senadores. Vamos trabalhar os votos dos senadores, em especial os que compõem a CCJ. É possível vencer esse projeto, vamos deixar claro que o futuro político desses senadores depende do voto deles, pois o povo não vai perdoar quem é a favor de uma lei que estabelece a escravidão. A luta contra esta reforma é nossa prioridade”, falou.

O secretário de Comunicação da CSB, Alessandro Rodrigues, espera que haja uma indignação e senso coletivo diante o desmantelamento do movimento sindical e das perdas dos direitos dos trabalhadores brasileiros.

“Esse processo de desmantelamento dos direitos trabalhistas é um processo que vai gerar um empobrecimentoenorme no País, e o reflexo vai se dar em todos os âmbitos. Esses fatos irão afetar todos os setores, e isso precisa despertar nossa indignação e senso coletivo. Nosso compromisso é com o conjunto dos trabalhadores, pois mais cedo ou mais tarde serão afetados”, finalizou.

 

Moções 

Além da eleição e da cerimónia de posse dos diretores mato-grossenses, os dirigentes participantes do Congresso também aprovaram quatro moções apresentadas.

Com o estado do Mato Grosso e o Estado brasileiro diretamente prejudicados pela isenção de impostos ao setor do agronegócio, a primeira moção prevê a construção de uma lei de iniciativa popular pela taxação do setor.

Tema da palestra do docente e pesquisador da Universidade Estadual do Moto Grosso Edilson Antônio de Souza, a falta de taxação desfalcou os cofres públicos, em 2016, em tR$ 5 bilhões.

“Vamos produzir um material consistente, realizar amplos estudos, com as consultas ao Tribunal de Contas e com a Assembleia”, completou Wagner.

A outra moção refere-se ao apoio aos servidores do Rio de Janeiro, que estão sem receber o 13º salário de 2016. Moções de apoio às Diretas e de repúdio aos grampos ilegais no Estado do Mato Grosso também foram aprovadas.

Veja a diretoria eleita

Leia a cobertura completa do Congresso Estadual de Mato Grosso

Encontro com jornalistas: Em encontro com jornalistas, CSB divulga Congresso Estadual do Mato Grosso

Abertura: CSB Mato Grosso abre seu primeiro Congresso Estadual

Ciro Gomes: Ciro Gomes: “O Brasil abriu mão de ter um projeto nacional de desenvolvimento”

Wendel Pinheiro: Os conhecimentos políticos e ideológicos são fundamentais para a resistência do movimento sindical ”, diz Wendel Pinheiro

Zilmara Alencar: Para Zilmara Alencar, reforma trabalhista “é uma forma de escravidão contemporânea”

Carlos Conce: Para Carlos Conce, o líder sindical não pode demonstrar fraqueza nem medo

Edson Bueno de Souza: Desembargador de Mato Grosso destaca o papel do Estado e da Constituição nas garantias sociais

Luiz Antonio Camargo: “Se o projeto de reforma trabalhista for aprovado, o sistema de proteção da igualdade jurídica vai desaparecer”, diz subprocurador-geral do Trabalho

André Luís dos Santos:“Precisamos mudar o Congresso Nacional para evitar a ameaça ao nosso futuro e aos nossos direitos”, diz analista do DIAP

Clovis Renato Farias: Clovis Renato Farias sobre o assédio moral: “O capitalismo não quer seres humanos, ele quer máquinas”

Edison Antônio de Souza: Para professor da Universidade de Mato Grosso, setor do agronegócio deve contribuir para uma melhor justiça social

Gérson Marques: Gérson Marques apresenta a importância do estatuto para as entidades sindicais durante Congresso em Cuiabá

Meton Marques:Para professor da Universidade Federal do Piauí, demissão de dirigentes sindicais é inconstitucional

Moisés Maciel : Moisés Maciel: “A maior corrupção que já houve no Brasil é a escravidão”

Erlan Peixoto: “Esse Congresso é uma lição de democracia”, diz procurador do Trabalho Erlan Peixoto

Rodrigo Ávila: Economista da Auditoria Cidadã afirma que a dívida pública é a grande corrupção legalizada no Brasil

Compartilhe

Comentar