REFORMA DA PREVIDÊNCIA É APRESENTADA ÀS CENTRAIS EM REUNIÃO NO PLANALTO

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CSB vai articular debate no Congresso para evitar retrocessos nos direitos

Dirigentes das principais centrais sindicais do País, incluindo a CSB, participaram da reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, no início da noite desta segunda-feira (5), para debater sobre o projeto de reforma da Previdência que será enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Antes do encontro com as entidades sindicais, Temer havia se reunido com líderes da Câmara dos Deputados e do Senado.

Pontos da reforma que já há algum tempo vêm sendo alvo de críticas do movimento sindical, como a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria, foram incluídos no projeto elaborado pela equipe econômica.

O presidente da CSB, Antonio Neto, que participou do encontro no Planalto, disse que agora a articulação no Congresso será importante para que todos os trechos da reforma sejam amplamente debatidos e, com isso, sejam barradas mudanças que possam trazer prejuízos para os trabalhadores.

“Vamos nos articular para travar esse importante debate no Congresso Nacional. Sindicatos, trabalhadores e a sociedade precisam estar unidos neste momento e acompanhar de perto os desdobramentos dessa discussão, que é de interesse de todos”, salientou o dirigente da CSB.

Pontos da reforma

Entre as mudanças apresentadas pelo governo está em discussão o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. O governo pretende criar um mecanismo automático de ajuste que poderá elevar para 67 anos a idade mínima em 2060. Hoje, as mulheres podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição e os homens, após os 35 anos de trabalho.

Pelos planos anunciados, as novas regras valeriam integralmente para homens com menos de 50 anos de idade e mulheres com menos de 45. Os trabalhadores do sexo masculino com mais de 50 anos de idade e as mulheres com mais de 45 passariam por um período de transição.

Debate com calma

Em nota divulgada nesta terça-feira (6), a CSB defendeu que todos os pontos da reforma devem ser debatidos com calma e que as mudanças não podem ter um enfoque financista.

“O Sistema de Seguridade Social brasileiro é uma das maiores conquistas da nossa sociedade. Através deste mecanismo, o Brasil garante o mínimo de segurança para idosos, deficientes e a população mais carente”, destaca o comunicado emitido pela Central.

A nota também desmonta o argumento de rombo da Previdência e conclama os sindicatos filiados a se articularem.

Fonte: CSB

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