EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES APROVAM MOBILIZAÇÕES CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Em assembleia, trabalhadores aprovam mobilizações contra a reforma da Previdência

Proposta do governo de Jair Bolsonaro foi entregue nesta quarta-feira (20) à Câmara dos Deputados

O presidente Jair Bolsonaro entregou à Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (20), a proposta de reforma da Previdência. Neste mesmo horário, a 1027 km de distância, na Praça da Sé, no centro de São Paulo (SP), representantes de diversas categorias de trabalhadores se reuniram para participar da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública e contra o fim da Aposentadoria, organizado pelas centrais sindicais.

Durante o ato, os trabalhadores, além de rejeitarem a proposta da reforma apresentada pelo governo, aprovaram o calendário de lutas e as mobilizações nos locais de trabalho e nos bairros de todo o País para dialogar diretamente com os trabalhadores. Representando a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o vice-presidente da entidade, José Avelino Pereira, o Chinelo, defendeu a unidade das centrais e dos trabalhadores em mais uma luta que se inicia.

“Essa reforma da Previdência prejudica todos os trabalhadores. Por isso, é importante essa unidade. Nós queremos discutir a reforma, mas como ficará para os militares e para aqueles que ganham altos salários? Como vai ficar a reforma para os juízes, que ganham mais de R$ 30 mil? Não queremos só discutir a reforma daqueles que mais trabalham e que menos ganham. Por isso, é uma reforma injusta para os trabalhadores. A CSB aproveita para dizer que uma greve geral é muito importante, mas essas assembleias regionais precisam acontecer em todos os estados brasileiros, para que assim a gente possa se fortalecer e fazer grandes enfrentamentos. Senão vamos ter mais uma derrota como na reforma trabalhista, Acima de tudo, precisamos da unidade das centrais e dos trabalhadores para fazer a diferença e derrotar essa reforma que é mortal para os assalariados que menos ganham e que mais trabalham”, disse o dirigente.

Alguns pontos

Com militares fora da versão entregue, a proposta determina idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Para obter aposentadoria integral, o trabalhador terá que contribuir por 40 anos.

Os servidores públicos terão o valor de benefício calculado como os trabalhadores do Regime Geral. A aposentadoria por invalidez, que é de 100% da média dos salários de contribuição para todos, passa a ser de 60% mais 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos.

O valor da pensão por morte ficará menor para trabalhadores do setor privado e servidores públicos.  O benefício será de 60% do valor mais 10% por dependente adicional. Hoje, a pensão por morte é de 100% para segurados do INSS, respeitando o teto de R$ 5.839,45.

Foto: Inês Ferreira/ Sindcop

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