SINDICALISTAS DEBATEM PAUTA TRABALHISTA VOLTADA ÀS MULHERES

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Encontro foi promovido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e pela Secretaria de Políticas Públicas Para Mulheres

Para debater a condição da mulher do trabalho e na sociedade, a CSB e demais centrais sindicais participaram ontem, 12, de um encontro organizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e pela Secretaria de Políticas Públicas Para Mulheres. A Central foi representada por Rita de Nazaré Melo Dias, diretora para assuntos da mulher, do idoso, da juventude, de gênero e igualdade racial e presidente do Sindicato dos Contabilistas do Amazonas.

Os principais temas debatidos pelas dirigentes foram a reforma da Previdência Social, no que trata a idade da mulher ser diferenciada do homem; violência contra a mulher; discriminação de gênero; criação de cursos de qualificação profissional específicos para as mulheres; capacitação de dirigente sindical e a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que dispõe sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres.

Durante o encontro, Rita defendeu que é preciso avançar mais na legislação e alterar as relações de trabalho entre mulheres e homens. A dupla jornada de trabalho das mulheres é uma das principais responsáveis pelas condições desiguais no mundo do trabalho.

“A lei que amplia os direitos das trabalhadoras domésticas (PEC das Domésticas), as proposições sobre licenças maternidade e paternidade, a agenda do trabalho decente e a ampliação da oferta de vagas em creches são algumas das medidas que reforçam a autonomia econômica das mulheres e promovem a igualdade no mundo do trabalho. Tivemos avanços nos últimos anos, mas precisamos continuar a lutar para avançarmos mais. Além disso, como dirigente sindical, tenho como obrigação destacar que a organização sindical das trabalhadoras domésticas se faz necessária, porque apenas trabalhadores organizados fazem valer os seus direitos”, afirmou.

Entre as pautas da Secretaria para as Mulheres da Central estão a aposentadoria especial para mulheres, maior participação da mulher na política e a igualdade de gênero no trabalho. “Hoje, as mulheres chegam a ganhar 30% a menos do que os homens que ocupam o mesmo cargo. Nós desempenhamos as mesmas funções dos homens, mas continuamos ganhando menos. Vamos usar a força da CSB para mudar este cenário.
Também iremos lutar pela manutenção da aposentaria especial das trabalhadoras rurais e pescadoras”, avaliou a diretora.

De acordo com a dirigente, “é muito importante que as mulheres sindicalistas participem destas reuniões e encontros”. “Nós, mulheres, precisamos lutar pelo nosso espaço e representatividade, tanto no mundo sindical quanto na política”, concluiu. Em março, o grupo de representantes sindicais irão se reunir com o governo novamente.

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