25 DE ABRIL: DIA DO CONTABILISTA

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CSB parabeniza a categoria e mantém o apoio na luta contra o fim da profissão de técnico

Criado em 1926, o Dia do Contabilista é celebrado em 25 de abril. A profissão foi regulamentada Lei 9.295, de 27 de maio de 1946. Os contabilistas atuam distribuídos por órgãos públicos, consultorias e escritórios, exercendo funções de analistas, auditores ou contadores. Os contabilistas cuidam da gestão econômica de uma companhia, apuram os resultados, calculam impostos, entre outras atribuições. Entretanto, mais do que números e burocracia, os profissionais modernos falam de ética, flexibilidade e visão de futuro. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), existem 491 mil profissionais registrados e 82 mil escritórios ativos no País.

Segundo Luiz Sergio Lopes, presidente da Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, e presidente de honra da CSB, a profissão da contabilidade é fundamental para o desenvolvimento da economia nacional. “Uma empresa não cresce, não prospera e não gera empregos sem um bom contabilista. Além disso, a contabilidade está presente no cotidiano de qualquer pessoa, pois todo mundo acaba fazendo a contabilidade do orçamento doméstico”, afirma.

Sérgio Gilberto Dienstmann, vice-presidente da Central e presidente da Federação dos Contabilistas do Rio Grande do Sul, explica que o profissional da área atua diretamente no financeiro da empresa de forma que reorienta as ações e os rumos dos negócios e a gestão das organizações. “Tudo isso interfere na macro e na microeconomia brasileira. Além disso, a presença do contabilista é decisiva quando o assunto diz respeito a licitações e concorrências públicas, já que uma das exigências para a qualificação econômico-financeira é o balanço patrimonial, que só pode ser assinado por um profissional da área”, avalia o dirigente.

Para Rita de Nazaré Melo Dias, vice-presidente da CSB e presidente do Sindicato dos Contabilistas do Estado do Amazonas (SindContab), nesta data a Central reafirma a importância do contabilista para o desenvolvimento social e econômico do País, mesmo diante da crise econômica pela qual o Brasil está passando. “São séculos de história de nós, que somos profissionais dos números, dando sustentação e orientando as empresas que precisam do nosso conhecimento no fator mais complicado do mundo comercial, o dinheiro”, diz.

De acordo Jair Gomes de Araújo, vice-presidente da CSB e presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (SINDCONT-SP), a profissão  tem crescido se valorizado a cada dia. “Nossa profissão é uma das mais valorizadas do País, com excelente índice de empregabilidade. Com a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, que nos une a mais de 120 países em todos os continentes, as novas tecnologias de arrecadação, como o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e o eSocial, em fase de implantação, tornamo-nos cada vez mais necessários às empresas que atendemos e à sociedade, daí vem a nossa valorização crescente em todos os campos”, explica.

 Reivindicações

Apesar da aprovação da Lei 12.249/2010, em 1º de junho de 2015, que extinguiu a profissão de técnico em contabilidade, a categoria continua na luta pela preservação do ofício. Essa é uma das principais reivindicações dos contabilistas.

Luiz Sergio Lopes esclarece que “quando se elimina o posto de trabalho do técnico em contabilidade, elimina-se a profissão que promove o recolhimento de impostos, auxilia na arrecadação governamental e  procura cumprir as leis tributárias de forma rigorosa”. “Como as funções desses trabalhadores colaboram para o aumento da arrecadação de tributos ou garantem, pelo menos, uma arrecadação honesta, é evidente que a economia brasileira começará a ficar mais fragilizada. Nós iremos continuar lutando na Justiça para que esta lei seja anulada o mais rápido possível”, destaca.

Para Sérgio Gilberto Dienstmann, o fim do técnico em contabilidade também é uma das grandes lutas da categoria. “Nós não podemos permitir que uma profissão tão tradicional e fundamental para a economia nacional seja extinta. Lutaremos para a que Lei 12.249 seja derrubada e também para que aconteçam melhoras nas grades curriculares dos cursos de técnico em contabilidade”, avalia.

Segundo Rita de Nazaré Melo Dias, é necessário que haja mais espaço para as mulheres dentro da contabilidade. “Há muito preconceito com as mulheres contabilistas. As empresas muitas vezes deixam de contratar uma profissional não pela capacidade de trabalho dela, mas, sim, pelo seu gênero. Além disso, há diferença dos salários entre os gêneros. Muitas vezes a remuneração do homem chega ser mais que o dobro da mulher que desempenha a mesma função”, concluiu. Do total de contabilistas brasileiros registrados no Conselho Federal de Contabilidade, cerca de 202 mil são mulheres.

Jair Gomes de Araújo destaca que a categoria também reivindica maior valorização e mudanças da política tributária brasileira. “Precisa haver uma simplificação e unificação dos sistemas tributários estadual, municipal e federal. As alterações tributárias que aconteceram nos últimos anos passaram a exigir muito do profissional em termos de compromisso, pois é ele quem administra a documentação que também é de responsabilidade da empresa. Isso deixou o trabalhador da contabilidade mais propenso ao estresse profissional”, analisa o sindicalista.

Números

A região Sudeste é destaque e concentra mais da metade dos contadores do País, seguida do Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Nos últimos cinco anos, houve aproximadamente 170 mil novos registros de profissionais da contabilidade. Do total de contadores e técnicos em contabilidade registrados nos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), cerca de 135 mil estão na faixa etária de até 35 anos.

Fonte: CSB

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